Hoje, a área de segurança busca no militarismo referências para garantir a máxima proteção de bens e pessoas. Prova disso é que elementos da arquitetura militar são usados atualmente para delimitar áreas, formar barreiras e inibir a ação criminosa.
A utilização do arame laminado é o maior exemplo dessa influência militar na segurança. Trata-se de um arame com partes pontudas e afiadas, material com alta capacidade cortante.
O arame laminado começou a ser utilizado em 1860 em hospitais psiquiátricos e prisões, para evitar fugas, substituindo o tradicional arame farpado. Nessa época, o material possuía desempenho limitado, podendo ser cortado facilmente.
Na década de 1890 foi desenvolvido um arame laminado reforçado que despertou a atenção das forças militares, afinal, era mais leve, ocupava menos espaço e era difícil de ser rompido, aumentando a proteção de áreas.
Foi na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que o material ganhou notoriedade, passando a ser aplicado para proteção de fortificações. Na época, o arame laminado era tão utilizado que se tornou um item difícil de ser encontrado, o que levou o exército alemão a desenvolver outra versão usando fitas metálicas.
Com o passar do tempo e avanço tecnológico, o material foi revisitado e desenvolvido em versões diferenciadas. Atualmente, é largamente utilizado como arame contra a invasão, sobretudo em áreas residenciais, comerciais e industriais.
A versão mais utilizada hoje em dia é o arame de concertina. Seu diferencial está na forma espiralada que possui, que aumenta o grau de dificuldade de ultrapassagens.
Anteriormente, essa versão era aplicada em cercas militares para impedir invasões. Nos dias atuais é largamente usada em muros e portões em residências, condomínios e espaços empresariais e industriais.
Por ser confeccionada com formato especial e materiais mais resistentes, como o aço inoxidável ou galvanizado, a concertina não é cortada facilmente e acaba por ser mais efetiva na proteção de áreas. Daí seu amplo uso, especialmente na segurança patrimonial.
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